domingo, 4 de agosto de 2013

Profilaxia pós-exposiçao parte 1

Hoje vivi uma experiência nova.
Estava com um parceiro sexual e ao final do ato percebi que a camisinha havia se rompido (eu , soropositivo, o estava penetrando). Comuniquei o fato a ele e fiz nesse momento também a revelação de que eu era soropositivo. Continuei explicando que graças à medicação eu estava com a carga viral zerada e que a chance de contágio diminuía bastante mas que o procedimento de segurança a se seguir seria o de procurar a rede de saúde, explicar o ocorrido e iniciar uma medicação profilática por 30 dias. Fazendo isso o risco de contágio ficaria reduzido a praticamente zero. Ele ainda ficou preocupado e ambos desconcertados com a situação mas fiz o que podia ser feito. Não o acompanhei até o hospital pois ele preferiu ir sozinho e ainda não tive notícias de como foi o atendimento, mas tenho relatos de conhecidos que costuma ser razoavelmente tranqüilo. Assim que tiver novidades escreverei a parte 2 desse post. De qualquer forma esse episódio trouxe a tona de novo a questão do contar ou não contar que sou soropositivo quando me envolvo sexualmente com alguém. Será que se eu o tivesse avisado previamente, ele teria aceitado ir para a cama comigo? E se aceitasse, concordaria em ser passivo (a recepção de penetração anal é a que oferece maior risco de contágio). Por outro, lado penso com quantas pessoas ele já pode ter ficado e que eram positivos e ele não sabia? Com quantas dessas pessoas ele já pode ter feito sexo sem segurança ou ter tido outros acidentes? Ou ainda, quem garante que ele é realmente soronegativo? Com base em tantas incertezas e nos tabus que circulam a questão da soropositividade, continuarei optando por só compartilhar essa questão quando houver acidentes desse tipo ou após a constatação de que há um vínculo afetivo envolvido e que estamos caminhando para um relacionamento estável e não apenas um caso eventual.